segunda-feira, 15 de setembro de 2014
SONETO DE AMOR BUCÓLICO
Aqui me tenho só entre infinitos lados
de verdes vales entre rosas renascidas,
das horas idas dos amores já passados
quebrei o cálice das mágoas e feridas.
Leguei às aves entoar minhas cantigas
nos arvoredos sobre o rio debruçados,
nas águas atirei as vestes mais antigas
desse crepúsculo de sonhos fatigados.
Muitas vezes adormeci mirando a lua
adernando no céu como uma caravela
destinada a ancorar na minha solidão.
E hoje hei crido que o luar é uma rua
de onde vem a lua abrir minha janela
para ficar com meu amor no coração.
Afonso Estebanez.
[Arte: Christian Schloe]
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