quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
''Solidão''
Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sente...
Que plenitude de solidão, mar solitário!
Juan Ramón Jiménez,
in "Diario de Un Poeta Reciencasado"
Tradução de José Bento
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sente...
Que plenitude de solidão, mar solitário!
Juan Ramón Jiménez,
in "Diario de Un Poeta Reciencasado"
Tradução de José Bento
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2 comentários:
Um belo poema de Juan Ramón Jiménez, poeta que muito admiro e que faz parte da minha estante de poesia.
Um beijo, amiga.
Um beijão, minha querida poetamiga Graça Pires, fazes uma falta no Facebook...Saudades...
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