quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Sombras sonoras
Numa tarde de abril, serena e lânguida,
eu me entretinha absorto a imaginar.
Como flores de calêndula no ar
a minha tarde se fazia cândida –
os amarelos eram parte grande da
cor que inundava a tarde no lagar.
Enquanto eu me inclinava a meditar,
o pôr-do-sol ia buscar o sangue da
aura pra tingir o céu aberto,
tremeluzindo o sol, quase encoberto,
a rendilhar o outono tropical.
E as borboletas, palpitando cores,
vão da calêndula beijando as flores
em um silencioso carnaval.
Ildásio Tavares
Excerto do Livro - Sombras Sonoras
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