quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
"SONETO DA IMPERFEIÇÃO"
É possível que esse mar
de tanto bater na encosta
pare no âmago da forma
d’alma perfeita da rocha
E é possível que o vento
degrane tanto o rochedo
que esbarre no substrato
do ser de pedra perfeito.
E tanto comigo mesmo
vou lutar estando preso
libertar meu ser preciso.
O que for remanescente
(o que dói e se ressente)
nem sempre é definitivo.
A. Estebanez
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