segunda-feira, 6 de agosto de 2007
"SONETO DA CASA MORTA"
Rubra, a data sangrando no vazio
da casa morta, sonho prisioneiro,
e eco do tempo longe o vozerio
das cirandas em flor, quando o primeiro
sangue do luar cavava o seu macio
poço. (Depois, o triste companheiro
das sombras ia amar a noite e o rio,
e a leve brisa abria no canteiro
papoulas encarnadas.) As perdidas
bandeiras reflorindo naus de ausência
nessas rotas de cinza consumidas.
Na casa morta, vozes não ouvidas:
luz do silêncio, música da essência
de coisas mais sonhadas que vividas.
Waldemar Lopes
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2 comentários:
olá
onde fica esta casa ?
obrigado.
Olá Luis!
Bela fotografia, não?
Não sei lhe dizer onde fica, encontrei na net sem autoria, mas se alguém souber, certamente irá nos dizer.
Obrigada por sua presença.
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