A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 19 de abril de 2015

CANÇÕES DAS FLORES



I


Como os lírios na noite
junto às águas sombrias do regato,
brilhas diante de mim, amiga, em meus dias sombrios.
Nos meus longos outonos
é um belo consolo pensar
que onde quer que eu vá, vou à luz dos lírios.

As sombrias águas da torrente
escoam-se rápidas na noite
e não visitam mais a ribeira dos lírios.
Quanto mais me afasto
mais me recordo de tua beleza;
sigo, ébrio do odor de lírios, e espero e confio.

Erik Axel Karlfeldt**
in Poesias


**Erik Axel Karlfeldt (Karlbo, 20 de Julho de 1864 — Estocolmo, 8 de Abril de 1931) foi um poeta sueco simbolista, cujas poesias aparecem como regionalistas da era popular. Recebeu o Nobel de Literatura de 1931. Karlfeldt recusou o prêmio em 1919, considerando tal atribuição injusta por ser ele o secretário permanente da Academia Sueca.
Karlfeldt nasceu em uma família de agricultores em Karlbo, na província de Dalarna. Inicialmente, seu nome era Erik Axel Eriksson, mas ele assumiu seu novo nome em 1889, querendo se distanciar de seu pai, que havia sofrido a desgraça de uma condenação penal. Ele estudou na Universidade de Uppsala,1 ao mesmo tempo apoiando-se através do ensino escolar em vários lugares, incluindo Djursholms samskola em Djursholm, subúrbio de Estocolmo, e em uma escola para adultos. Após completar seus estudos, ele ocupou uma posição na Biblioteca Real da Suécia, em Estocolmo, por cinco anos.
Em 1917, Karlfeldt recebeu seu alma mater da Universidade de Uppsala, concedendo-lhe o título de Ph.D. em Honoris causa.

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