segunda-feira, 6 de agosto de 2007
"SONETO DA NOITE BRANCA"
No insólito do azul é melodia
a paz dos claros céus. Lua madura
modela imagens sobre a serrania,
e flui o tempo em lírica doçura
nas almas e nos sonhos. Noite pura
de silêncio esplendor, magma do dia.
(Antes que no torpor da angústia escura
brilhe a estrela da morte em fronte fria,
o tumulto das ânsias se asserena
e o coração aquieta a face nua,
pois, se pensa, também está sentindo;
é que não há, Pessoa, alma pequena
sob a noite solar: carne de lua
transluminosamente azuluzindo.)
Waldemar Lopes
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