terça-feira, 12 de junho de 2007
"Elegia"
(Ao poeta
Federico Garcia Lorca)
Margeando os caminhos,
Os caminhos que nos conduzem
À Huerda de San Vicente,
Arredores de Granada,
Choram os ciprestes,
Pela morte de Garcia Lorca.
Grupos de camponeses,
Ostentando trajes típicos
E tradicionais,
Vêm de Granada, Barcelona,
Valença, Sevilha,
Bilbao, Saragoça, etc.
Gritam – Viva a liberdade!Cantam
Garcia Lorca continua vivo!
Vivo em nossos corações.
E o coro aumenta
Com jovens estudantes,
Formando um lindo jogral.
Garcia Lorca não morreu,
Continua mais vivo do que nunca.
Ele é a alma da Espanha,
Poeta vivo da nacionalidade.
Entre arbustos,
Em tocaias dispersas,
Vemos pontas de baionetas,
caladas, só no nome.
Ninhos de metralhadoras,
Eis que a tensão aumenta,
Surgem grupos armados
Tentando dispersar a multidão.
E então se forma a confusão.
De repente, surgem pelo chão
Corpos estendidos e mutilados,
Ao longo do verde dos caminhos,
Verde cor de esperança,
Que torna-se rubro de sangue.
Surgem os guerrilheiros,
Morrem milicianos
E civis na luta,
Luta que se trava
Em toda a extensão.
Surge a Guerra Civil.
A força é vitoriosa,
Mas a Espanha, em silêncio,
Alma contrita,
Vibra em torno
Dos seus mitos e heróis...
Olympiades Guimarães Correia
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